Metade das Administrações Regionais não investiu em 2019 nem R$1,00
Entre janeiro e 9 de setembro, os aportes destinados a melhorias das RAs somaram R$ 880 mil. Dessas, 15 aparecem com zero de aplicações
Metade das administrações regionais não investiu um centavo sequer em ações que levem melhorias à vida da população. Das 31 RAs espalhadas pelo Distrito Federal, 15 não aportaram recursos entre 1º de janeiro e 9 de setembro de 2019.
Mesmo carente de diversos serviços, as unidades de Vicente Pires, Gama, Sobradinho I, Sobradinho II, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Candangolândia, Riacho Fundo II, Park Way, Jardim Botânico, Itapoã e o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) estão pouco mais de oito meses sem destinar verbas para a realização de reparos em calçadas, operação tapa-buraco, construção de acessibilidade para pessoas com deficiência, pequenas intervenções no trânsito, entre outras.
As informações estão contempladas no Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo). O estudo levou em conta apenas valores liquidados, ou seja, aqueles efetivamente pagos. As despesas das administrações são divididas da seguinte forma: folha de pagamento, manutenção da cidade e investimentos em novos equipamentos públicos.
Menos de R$ 1 milhão
Nos primeiros meses da gestão de Ibaneis Rocha (MDB), os administradores regionais investiram, ao todo, R$ 880.422,55. Para uma unidade da Federação com 5.779.999 quilômetros quadrados, empenhar menos de R$ 1 milhão em desenvolvimento é quase irrisório.
Segundo o GDF, tais problemas estruturais identificados nas cidades têm sido resolvidos por meio do programa GDF Presente. Geridos pela Secretaria de Governo, as demandas são atendidas com uso de mão de obra da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Companhia Energética de Brasília (Caesb), Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), dentre outras.
Embora seja uma das menores regiões administrativas, a Fercal foi a que mais aplicou verbas de 1º a 9 de setembro deste ano: R$ 365.500,45. O curioso é que o dispêndio na região com 8.585 moradores é bem maior do que a maior e mais populosa cidade do DF: com 432.927 habitantes, Ceilândia aplicou somente R$ 49.782,42 no período analisado.
Na segunda posição aparece Brazlândia, com gastos de R$ 176.646,80. Na sequência, Águas Claras destinou R$ 171.456,35 em melhorias. Já o Cruzeiro injetou R$ 10.108,99. O ranking é completado por Taguatinga e Guará, que desembolsaram R$ 3.227,00 cada uma.