MP pede quatro anos de prisão a torcedores envolvidos no caso Vini Jr
Os torcedores foram enquadrados em denúncias por delito de ameaça e por agir contra os direitos fundamentais e liberdades públicas. Além do pedido de prisão, o MP pede que eles paguem uma indenização conjunta de 6 mil euros por danos morais ao atacante brasileiro, constantemente vítima de racismo praticado por torcidas rivais do Real Madrid.
O caso ocorreu na madrugada do dia 26 de janeiro, antes da vitória por 3 a 1 do Real sobre o Atlético, em jogo das quartas de final da Copa do Rei, no Santiago Bernabéu. O boneco inflável pendurado na ponte foi vestido com uma camisa do time merengue, representava uma pessoa negra e tinha o nome de Vinícius às costas, ato visto pelo MP “como sinal inequívoco de desprezo e rejeição à cor da pele da vítima”. Acima dele, foi estendida uma faixa com a mensagem: “Madri odeia o Real”.
Um dos torcedores, identificado pela sigla A.B.R na acusação, chegou a publicar uma foto do ato em sua página no “X”, rede social antes conhecida como Twitter. Ele ainda publicou uma segunda foto, do momento em que ainda não haviam pendurado o boneco, e ironizou escrevendo: “Somos todos Vini”.
Os quatro acusados estão proibidos de frequentar o raio de 100 metros dos estádios Santiago Bernabéu, do Real, e Civitas Metropolitano, do Atlético, durante dias de jogo. Também têm de permanecer a 1 km de distância dos demais estádios de times que disputem o Campeonato Espanhol.