Lula sugere “processo educacional” da população contra preços altos

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Com a alta do preço dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu nesta quinta-feira (6/2) um “processo educacional” para que as pessoas optem por “similares” para não pagarem por produtos mais caros. “O povo não pode ser extorquido”, disse o presidente.

“Eu não posso comprar aquilo que está sendo exagerado o preço. Eu vou deixar na prateleira, não vou comprar, compro amanhã ou compro outra coisa, ou compro um similar. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, defendeu o petista.

O presidente também ressaltou que a população deve ter a “consciência” de não comprar o que considerar muito caro. “Porque assim, o estabelecimento vai ter de baixar para vender, se não vai estragar”, disse Lula, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que ele acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, se não vai estragar”, argumentou o presidente.

Alimentos puxam a inflação

As declarações sobre preço dos alimentos vêm em um momento que os brasileiros sentem no bolso o alto preço que estão pagando nos supermercados. Os alimentos puxaram a subida na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% – acima da meta projetada pela equipe econômica do governo. O grupo Alimentação e Bebidas avançou 7,69% no ano passado.

Os preços já afetam a popularidade de Lula, que vive seu pior momento no mandato desde que assumiu, em janeiro de 2023.

Lula diz que Planalto trabalha para resolver o problema

Na mesma entrevista desta quinta, Lula assegurou que o governo “trabalha com afinco” para garantir a redução dos preços nos supermercados. Para isso, o presidente deve se reunir, na próxima semana, com produtores de carnes e de arroz para debater medidas para baratear os alimentos.

“Eu não posso fazer congelamento [de preço], eu não posso ter fiscal para ir em fazenda para ver se o gado tá guardado ou não. O que a gente pode fazer é conversar com os empresários”, ressaltou.

 

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