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Líder da máfia chinesa preso por mortes em SP se escondeu na Venezuela

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São Paulo — Liu Bitong, mafioso chinês apontado como líder do Grupo Bitong, que extorquiu e matou comerciantes chineses na 25 de março, teria se escondido na Venezuela enquanto esteve foragido, apontam informações da Polícia Federal (PF). Com mandado de prisão temporária aberto há quase oito anos, ele foi localizado e detido em Pacaraima, cidade de Roraima que fica na fronteira com a Venezuela, nessa segunda-feira (16/12). Encaminhado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Boa Vista-RR), Liu permanece à disposição da Justiça.

De acordo com investigação da Polícia Civil de São Paulo, Bitong é o mandante do assassinato de Zhenhui Lin, comerciante chinês que vendia capinhas de celular na região. Zhenhui foi assassinado em uma via pública na Sé, centro da capital paulista, na madrugada de 30 de janeiro de 2015.

O homicídio levou a polícia a descobrir como atua o Grupo Bitong, que controla a venda de capinhas de celular nos comércios da 25 de Março. A organização criminosa exige pagamentos de altas quantias de outros comerciantes chineses que comercializam o mesmo produto na região. Quem se recusar a pagar, é morto.

Conforme apontam os autos da investigação, foi o que aconteceu com Zhenhui. De acordo com depoimentos de testemunhas protegidas, o comerciante passou a ser ameaçado pelo Grupo Bitong em 2014 e, até ser morto em janeiro de 2015, efetuou entre cinco e seis pagamentos de R$ 30 mil à organização — montante que totaliza de R$ 150 a R$ 180 mil.

Com depoimentos de testemunhas, a investigação identificou os responsáveis pelo homicídio e, assim, os membros do Grupo Bitong. Liu e os comparsas tiveram a prisão decretada em 13 de fevereiro de 2017. No entanto, apenas um deles foi preso na época e teve a liberdade concedida posteriormente.

Foram diversas as tentativas da Justiça de localizar o paradeiro do mafioso chinês, que informava endereços falsos à polícia. Bitong chegou a ter o nome incluído na lista da Difusão Vermelha da Interpol, em março de 2019. Além disso, a polícia chegou até mesmo a procurar por registros de óbito do criminoso na Central de Informações do Registro Civil (CRC).

No controle migratório, há apenas registro da entrada de Bitong no Brasil em 22 de junho de 2020, sem informações sobre saída do chinês do território brasileiro.

 

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