Inquérito sobre queda de avião em Ubatuba terá pedido de prorrogação

São Paulo — O inquérito instaurado pelo Ministério Público (MPSP) em conjunto com a Polícia Federal (PF) para investigar fatos e eventuais responsabilidades da queda de um avião em Ubatuba, litoral de São Paulo, no dia 9 de janeiro, terá pedido de prorrogação de prazo. A previsão de conclusão inicial era de 30 dias, mas, segundo o delegado envolvido no caso, ainda existem laudos periciais a serem concluídos.
Uma investigação realizada pela Polícia Civil e divulgada no dia 17 de janeiro afirmou que a pista era curta demais para o modelo da aeronave em questão — um Cessna Citation 525. A avaliação foi embasada em um relatório preliminar do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da FAB.
Os investigadores do caso também destacaram que o teor dos fatos reportados pode ser alterado e “não vincula obrigatoriamente as conclusões que serão publicadas no relatório final da investigação“. A principal hipótese defendida pelos peritos é a de que o piloto tenha feito uma escolha errada ao planejar o pouso e isso contribuiu para o acidente. A aeronave chegou a passar pela pista de pouso mas não conseguiu concluir a aterrissagem, explodindo logo após chegar na praia.
Relembre o acidente
O avião decolou no dia 9 de janeiro do Aeródromo Mineiros (GO) com destino a Ubatuba e caiu na Praia do Cruzeiro, com um tripulante e quatro passageiros a bordo.
O piloto, Paulo Seghetto, de 55 anos, não sobreviveu ao acidente.
Os passageiros resistiram. Eles são todos da família Fries — o casal Mireylle Fries, de 41 anos, Bruno Almeida Souza, de 45 anos, o filho, de 6, e a filha, 4.
Três pessoas que estavam no solo foram atingidas e segundo a prefeitura apenas um precisou de atendimento médico.