Haddad sobre crítica de Kassab: “Nem li essa declaração”

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse não ter lido a declaração do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que criticou o desempenho do petista na pasta. Kassab é o atual secretário de Governo e Relações Institucionais da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ao participar de um evento promovido por um banco de investimentos em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (29/1), o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro das Cidades e da Ciência e Tecnologia classificou o atual chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “fraco”.

“Nem li essa declaração”, respondeu Haddad ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas na tarde desta quarta, após agenda no Palácio do Planalto.

Entenda

Kassab ocupa, atualmente, um dos cargos mais importantes da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo – a Secretaria de Governo e Relações Institucionais do estado. Caso Tarcísio seja candidato ao Planalto em 2026, a tendência é que o partido de Kassab o apoie.
Atualmente, o PSD conta com três ministros no governo Lula: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e André de Paula (Pesca e Aquicultura).
A partir deste ano, a legenda de Kassab – a grande vencedora das eleições municipais de 2024 – passou a administrar 887 prefeituras em todo o país.

“O que vemos hoje é uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, afirmou o presidente do PSD.

Kassab comparou a atuação de Haddad com a de outros ministros em governos anteriores, como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Malan, Antonio Palocci, Henrique Meirelles e Paulo Guedes.

Ainda segundo Kassab, que fez parte do primeiro escalão dos governos Dilma e Temer, a equipe econômica liderada por Haddad tem cometido erros que podem comprometer as chances de reeleição de Lula em 2026.

“O PT não estaria na condição de favorito [se a eleição fosse hoje], mas na condição de derrotado. Não vejo uma articulação para reverter essa tendência de piora no cenário. Não vejo nenhuma marca boa, como tiveram FHC e o Lula nos primeiros mandatos”, opinou.

 

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