Exército israelense prepara “saída voluntária” dos palestinos de Gaza

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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propor a retirada de todos os palestinos da Faixa de Gaza, o governo israelense determinou que o Exército prepare um plano para evacuar a região, chamado de “saída voluntária”.

Nesta quinta-feira (6/2), o ministro da Defesa de Israel afirmou que deu “instruções para preparar um plano que permita a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que queira aceitá-los”.

“O plano incluirá opções de saída através de passagens terrestres, bem como arranjos especiais para saídas por mar e ar”, explicou o ministro.

Netanyahu e Trump

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em entrevista à Fox News, elogiou a proposta de Trump.

“Quero dizer, o que há de errado com isso? Eles podem sair, podem depois voltar, podem se realocar e voltar. Mas é preciso reconstruir Gaza”, alegou Netanyahu.

A fala em que Trump sugeria que os Estados Unidos enviassem tropas para tomar Gaza e transformá-la em uma “Riviera do Mediterrâneo”, não convenceu nem o primeiro-ministro, que, em entrevista, disse que não acreditava no envio de tropas ou no financiamento americano da reconstrução de Gaza, arruinada após a guerra iniciada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

“Esta é a primeira boa ideia que ouvi (de retirar palestinos de Gaz). É uma ideia notável, e acho que deve ser realmente perseguida, examinada, perseguida e realizada, porque acho que criará um futuro diferente para todos”, disse o premiê.

O guerra em Gaza deixou 1,2 mil mortos no primeiro dia da ação e mais de 47 mil nos meses seguintes. O conflito está congelado desde 19 de janeiro devido à primeira fase do cessar-fogo.

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Palestinos fugindo da guerra na Faixa de Gaza

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Palestinos em Gaza

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Migração de palestinos

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Palestinos

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Faixa de Gaza

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Muitos palestinos deslocados moram em tendas feitas de pano e nylon

Unicef/Abed Zaqout

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Faixa de Gaza

Dawoud Abo Alkas/Anadolu via Getty Images

Reação de Lula

A proposta de Trump provocou reações negativas por todo o Oriente Médio e pelo mundo, inclusive do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os Estados Unidos participaram do incentivo a tudo que Israel fez na Faixa de Gaza; então, não tem sentido o presidente dos Estados Unidos se reunir com o de Israel, Netanyahu, e dizer: ‘Olha, nós vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza’. E os palestinos, vão para onde? Onde é que eles vão viver? Qual é o país deles?”, questiona Lula.

 

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