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Dirigente do PT alega “traição” e pede impugnação da filiação de Marta

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São Paulo – Dirigente nacional do PT, Valter Pomar anunciou neste sábado (3/2) que vai pedir ao comando do partido a impugnação da filiação de Marta Suplicy à legenda, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento na capital paulista, na noite de sexta-feira (2/2).

A ex-prefeita de São Paulo voltou ao PT após 9 anos, a convite de Lula, para ser vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo na eleição de outubro. Até o mês passado, Marta era secretária de Relações Internacionais da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), principal rival de Boulos.


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A passagem dela pela administração adversária é apenas um dos argumentos apresentados por Valter Pomar para defender a impugnação da refiliação dela ao PT — ele pede que o pleito seja votado diretamente no Diretório Nacional do partido.

As principais críticas a Marta estão centradas na forma como Marta deixou o partido em 2015 para se filiar ao MDB, alegando constrangimento com os escândalos de corrupção no governo petista, e no voto que ela deu como senadora a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Com aquele voto, Marta traiu parte do eleitorado que a havia colocado no Senado, traiu o partido do qual fizera parte até há pouco e que a elegera inúmeras vezes. E, principalmente, traiu o povo brasileiro, uma vez que ajudou a abrir caminho para vários anos de retrocesso econômico, político, social e cultural, que tantas vidas custaram e tanto sofrimento causou”, escreveu Pomar em seu blog.

Marta formalizou seu retorno ao partido após nove anos em cerimônia na capital paulista ao lado de Lula, de Boulos, de ministros de Estado, como Fernando Haddad (Fazenda), que também foi prefeito de São Paulo, e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Em seu retorno ao PT, Marta Suplicy disse que aceitou o convite de Lula para “voltar ao ninho” com o intuito de derrotar “o bolsonarismo e seus representantes” na capital – em referência ao prefeito Ricardo Nunes, cuja reeleição é apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Estou de volta ao meu aconchego, à minha raiz”, disse Marta.

Marta não fez nenhuma autocrítica sobre o período no qual ficou longe do partido, quando fez as críticas públicas ao PT lembradas por Pomar na defesa da impugnação. Ele e outros petistas contrários ao retorno dela cobravam uma retratação da ex-prefeita.

 

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