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Desculpem qualquer coisa, mas a invasão do Iraque foi um engano

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Em depoimento ao Comitê de Assuntos Governamentais do Senado norte-americano, o general e secretário de Estado Colin Powell teve o cinismo de fazer as seguintes declarações:

“Existiam todas as razões para se acreditar que havia armas de destruição em massa no Iraque. Existiam questionamentos sobre o tamanho dos arsenais, mas todos nós acreditávamos que havia arsenais. No fim, não encontramos nenhum arsenal.”

Então, um senador perguntou-lhe o que o governo dos Estados Unidos deveria fazer agora. Resposta do secretário:

“Agora é voltarmos atrás e descobrir por que tínhamos um julgamento diferente.”

Um “engano” levou a maior potência econômica e militar da história da Humanidade a invadir um país, justamente o segundo maior produtor mundial de petróleo. A invasão provocou – e ainda provoca – milhares de mortos entre militares e civis, principalmente entre esses últimos.

Decorrido mais de um ano, os governantes da maior potência econômica e militar da história da Humanidade reconhecem que o principal motivo da invasão (o suposto arsenal de armas de destruição em massa) jamais existiu. E ficará tudo por isso mesmo.

Pior: um presidente insano, mentiroso, manipulador, talvez o pior da história do país que é tido como modelo de democracia, está para ser reeleito. G. W. Bush Jr (Republicano) governará por mais quatro anos.

Do brasileiro se disse muitas vezes que é um povo que não sabe ou que nunca soube votar. O norte-americano sabe?

(Publicado aqui em 14 de setembro de 2004)

 

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