Copom mantém preocupação com EUA de Donald Trump

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a preocupação com os desdobramentos da gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira (29/1), o órgão do BC destacou: “O ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed (Federal Reserve, o banco central americano)”.

O texto reproduz, literalmente, a mesma análise que havia sido feita pelo BC, na reunião anterior do órgão, em dezembro de 2024. Na ocasião, o Banco Central ainda sob o comando de Roberto Campos Neto, agora, substituído por Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As medidas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump, incluem, por exemplo, um aumento de tarifas – ainda não confirmado – e a deportação de imigrantes. As duas iniciativas são classificadas como “inflacionárias” por especialistas.

Juros nos EUA

Se confirmadas, podem comprometer o ritmo de queda de juros nos Estados Unidos, aumentando a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasures. Se isso ocorrer, a tendência é de pressão de alta na cotação do dólar e intensificação de queda das Bolsas de Valores em países emergentes, como é o caso do Brasil.

Nesta quarta-feira, o Fed já decidiu não alterar o patamar dos juros dos EUA após três cortes seguidos da taxa nas últimas reuniões. A manutenção era esperada pelo mercado. Os juros americanos permaneceram no intervalo entre 4,25% a 4,5%.

 

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