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Conheça a ONG estrela da Netflix e investigada por ligação com o PCC

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O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, em parceria com a Polícia Civil, realiza nesta terça-feira (14/1) uma operação contra a ONG Pacto Social Carcerário São Paulo, acusada de ligação direta com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A organização, que atua no apoio a presos e egressos do sistema prisional, ganhou destaque ao aparecer no documentário Grito, produzido pela Netflix em 2024.

Batizada de Scream Fake (Grito Falso), em alusão ao documentário, a operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em diversas cidades de São Paulo, incluindo a capital, Ribeirão Preto e Presidente Venceslau, além de Londrina, no Paraná. Doze pessoas foram presas preventivamente, entre elas três advogados ligados ao PCC, a presidente e o vice-presidente da ONG.

As investigações começaram há três anos, após um visitante ser flagrado tentando entrar na Penitenciária II de Presidente Venceslau com mídias externas escondidas em suas roupas. A análise do material revelou a existência de quatro setores organizacionais do PCC: Gravatas, Saúde, Financeira e Reivindicações.

De acordo com a polícia, a organização utiliza a ONG como fachada para orquestrar ações judiciais ilegítimas contra agentes públicos, espalhando denúncias falsas de abusos no sistema carcerário. O objetivo seria desestabilizar o sistema de justiça criminal e manipular a opinião pública contra o Estado.

A investigação aponta que a ONG presta contas diretamente à facção, informando sobre suas ações e os resultados alcançados em prol de seus interesses. Embora oficialmente sediada em São Bernardo do Campo (SP), não há evidências de que a organização esteja em pleno funcionamento.

 

 

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