1 milhão de brasileiros tiveram estudos afetados por crises climáticas

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Cerca de 1,17 milhão de brasileiros tiveram os estudos interrompidos por eventos climáticos em 2024. O estudo “Aprendizagem interrompida: Visão global das interrupções escolares relacionadas ao clima em 2024”, da Unicef, analisou o contexto das enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na região amazônica como os principais fatores do impacto climático na educação.

Entenda

Em 2024, enchentes no Rio Grande do Sul e seca na Amazônia afetaram diretamente 1,17 milhão de estudantes no Brasil.
Em nível global, 250 milhões de estudantes foram atingidos pelas crises climáticas
Unicef chama a atenção para o baixo investimento financeiro nos impactos climáticos na educação.

As enchentes no Rio Grande do Sul foram responsáveis por afetar mais de 2 mil escolas da rede estadual de Educação, fazendo com que 714 mil estudantes tenham sofrido com a falta de acesso às aulas no período. Já no período de seca na região amazônica, cerca de 1.700 escolas, sendo mais de 100 localizadas em áreas indígenas, ficaram sem atividades, causando um impacto negativo para 436 mil alunos.

O aumento de temperaturas, inundações e outros fenômenos climáticos prejudica não só as estruturas, os materiais e o acesso escolar. Os alunos também sofrem com consequências na saúde física e mental, aponta o estudo da Unicef.

Dados globais

No mundo, 250 milhões de crianças foram atingidas pelas crises climáticas e 74% estavam em países de rendimento baixo e médio-baixo. O relatório destaca que o sistema educacional está, em grande parte, despreparado para proteger os estudantes desses impactos devido ao baixo investimento financeiro nos impactos climáticos na educação.

Segundo o resultado global do estudo, as ondas de calor foram responsáveis predominantes pela paralisação das escolas. Estima-se que 171 milhões de crianças e adolescentes foram afetados. A região mais atingida foi o Sul da Ásia, com 128 milhões de alunos impactados por conta do clima.

A Unicef alerta que o fechamento das escolas reduz significativamente o retorno à sala de aula, contribuindo para o risco de casamento e trabalho infantil. As meninas são afetadas de forma desproporcional, estando mais vulneráveis à evasão escolar e à violência de gênero durante e após as catástrofes.

 

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