Pesquisa aponta maior participação das mulheres no mercado de trabalho do DF em 2024

Em comemoração ao Mês Internacional da Mulher, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentaram, nesta quarta-feira (12), no canal do YouTube do instituto, a análise anual dedicada à inserção das mulheres no trabalho remunerado, o desemprego e as mudanças na ocupação e nos rendimentos entre 2023 e 2024.
Taxa de participação das mulheres ficou em 58,3% em 2024; no ano anterior, índice foi de 57,8% | Foto: Divulgação/IPEDF
De acordo com a taxa de participação (População Economicamente Ativa/População em Idade Ativa), houve um aumento da inserção das mulheres no mercado de trabalho. A taxa de participação das mulheres ficou em 58,3% em 2024, elevando-se em relação a 2023 (57,8%). Esse crescimento indica uma maior inserção das mulheres no mercado. Em 2024, a taxa de participação dos homens foi de 73,3%, indicando que os homens ainda possuem maior inserção no mundo do trabalho.
As mulheres do Distrito Federal convivem com desvantagens em relação aos homens no âmbito do mercado de trabalho, expressas nas diferenças entre as taxas de desemprego e os níveis de remuneração de ambos os sexos. Em 2024, a taxa de desemprego feminina era de 17,3%, 4 p.p. acima da taxa de desemprego entre os homens. A taxa de desemprego das mulheres caiu 0,7 p.p. em relação a 2023.
Atividades por segmento
No último ano, o tempo médio despendido na procura por trabalho foi maior entre as mulheres desempregadas, chegando a 11 meses, enquanto entre os homens esse período foi de nove meses.
Por segmento de atividade econômica, a presença das mulheres era residual na construção (5,1%) e destacadamente inferior à dos homens na indústria de transformação (32,8%) e no comércio e reparação (41,1%). Em sentido contrário, a parcela feminina ocupada era sobrerrepresentada nas atividades do setor de serviços (53,1%).
Entre 2023 e 2024, os salários femininos cresceram 6,5% no setor privado, com destaque para o avanço entre as trabalhadoras sem carteira assinada (17,5%) e, em menor proporção, entre aquelas com registro formal (4,8%).
No setor público, o aumento foi de 1,7% dos rendimentos das mulheres. Houve crescimento nas remunerações do trabalho autônomo (16,8%), do emprego doméstico (3,2%) e das demais posições ocupacionais (0,6%).
Além disso, também foram divulgados os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF) e da Periferia Metropolitana de Brasília (PED-PMB) referentes a janeiro de 2025.
*Com informações do IPEDF