Privatização da Copel: Ratinho Júnior vai à bolsa para “tocar o sino”
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), marcará presença na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo, na segunda-feira (14/8), para celebrar a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), concluída na semana passada.
A oferta de ações para a privatização da Copel foi precificada a R$ 8,25 por papel, o que representa um ágio de 5% em relação ao preço de referência estabelecido pela companhia no lançamento da oferta, no dia 26 de julho (de R$ 7,85 por ação).
Foram movimentados R$ 5,2 bilhões na oferta, que atraiu uma grande demanda de investidores, inclusive estrangeiros. Foi a segunda maior oferta de ações do país neste ano e a terceira maior do setor elétrico, em todo o mundo, em 2023.
Ratinho Júnior vai “tocar o sino”, um evento tradicional da bolsa brasileira quando ocorrem ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). O toque do sino costuma lotar o espaço de evento da B3, localizado no centro da capital paulista.
Privatização da Copel
A privatização da Copel foi feita nos mesmos moldes do que ocorreu com a Eletrobras, com mecanismos como a limitação a 10% do poder de voto de acionista ou grupo de acionistas e o chamado “golden share”, que dá ao governo do Paraná o poder de veto em determinadas situações.
Assim como aconteceu na privatização da Eletrobras, o negócio envolveu a renovação de concessão de hidrelétricas. Com isso, a União, como poder concedente das usinas, também receberá recursos com o processo de privatização.
Trata-se da primeira privatização com oferta de ações em bolsa desde a Eletrobras, no ano passado, operação que movimentou R$ 34 bilhões.
A privatização da Copel era uma promessa da atual gestão paranense. A Copel é hoje uma empresa de economia mista, com parte das ações já ofertada na bolsa, mas que tem o controle do governo estadual.
Antes da nova oferta de ações, o estado do Paraná detinha quase 70% das ações ordinárias (que dão direito a voto) na Copel, enquanto o BNDESPar possuía outros 12,4%.
Na sexta-feira (11/8), a Copel informou que a participação do governo do Paraná na empresa caiu para 32,32%. Ela ainda pode ser reduzida para 29,96%, com a inclusão do lote suplementar de ações.