Polícia investiga segundo caso de morte de bebê após injeção em Goiás
Outra família que mora no município de Trindade, na região metropolitana da capital goiana, denunciou à polícia a morte de um bebê, de 1 ano e 5 meses, após a aplicação de uma injeção de dipirona. O caso aconteceu em maio deste ano, no entanto, a mãe da criança, Carolina Souza Cares, 23, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (9/8), após a repercussão de um caso semelhante.
Segundo a jovem, ela levou o filho Charles Souza até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), pois a criança estava com sintomas como febre, diarréia, vômito e secreção no ouvido. De acordo com ela, após uma espera de três horas, o bebê foi atendido por uma médica, que não examinou o menino e receitou uma medicação.
“A gente vem para um lugar achando que vai ter um bom atendimento e sai sem o filho”, desabafou a mãe, em entrevista à TV Anhanguera.
“A enfermeira disse que iria aplicar no bumbum dele, e eu falei ‘tudo bem’, pois ela sabe mais do que eu. Como que aplica uma medicação em uma criança, que no papel está escrito ‘urgente’, e já manda para casa?”, questionou a mãe. Segundo ela, os profissionais não esperaram para avaliar se o bebê teria uma reação alérgica e liberaram a criança. Em casa, a mãe deu banho no filho e o colocou para dormir.
De acordo com Carolyne, cerca de três horas depois, o bebê estava com a boca roxa e desacordado. Ela voltou para o hospital e, após duas horas, ela foi informada de que o bebê havia morrido.
Causa da morte
A mãe conta que ainda espera o resultado do laudo com a causa da morte de Charles, três meses após a perda do filho. Ela manifestou o desejo de que o caso seja investigado.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que acompanhou o caso de Charles e que constatou que não houve erro médico. De acordo com a pasta, o bebê foi diagnosticado com otalgia média aguda e, depois de medicado, a mãe foi orientada a voltar à unidade, “caso necessário”.
Além disso, a pasta explica que, quando a família voltou de madrugada ao hospital, Charles estava com um quadro gravíssimo de febre e insuficiência respiratória, que evoluiu para parada cardíaca. “Mesmo se tratando de uma enfermidade clínica atestada pela equipe médica, a Secretaria acompanhou o desfecho desse óbito e constatou que não houve erro médico”, finaliza a nota.