PF vai apurar origem do dinheiro usado para “recomprar” joias recebidas por Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a investigar a origem do dinheiro usado para comprar de volta as joias recebidas de presente pela Presidência da República e vendidas no exterior.
A investigação apontou que o procedimento foi feito pelo advogado Frederick Wassef, que já representou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outros processos judiciais.
Vídeo: Mauro Cid teria levado mala com presentes para o pai, segundo PF
Segundo o processo, é preciso esclarecer “os valores pagos para recuperação dos bens, a origem dos recursos utilizados para recuperação dos bens, a participação de outras pessoas nos crimes investigados e a existências de novos bens desviados do acervo público”.
O objetivo é investigar crimes como peculato e lavagem de capitais. De acordo com os investigadores, a apuração terá sequência com a quebra dos sigilos fiscal e bancário de outros possíveis envolvidos.
As joias em questão foram “recompradas” por pessoas ligadas a Bolsonaro logo depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o material ficasse sob guarda da União.
Diante da decisão do TCU, o ex-presidente alegou que as joias estavam guardadas num depósito na casa do ex-piloto e empresário Nelson Piquet, de quem Bolsonaro é amigo. Logo depois cumpriu a determinação e as devolveu. A CNN tenta contato com Piquet para obter um posicionamento, mas ainda não recebeu resposta.
Leia mais
Presentes recebidos por Bolsonaro desviados para venda ilegal podem somar mais de R$ 1 milhão
PF vai ouvir Michelle Bolsonaro em caso de venda ilegal de joias
Kit de joias recebido por Bolsonaro estava à venda em site de leilão nos EUA, diz PF
A CNN tenta contato com as defesas de Bolsonaro e dos demais envolvidos no caso.
Este conteúdo foi originalmente publicado em PF vai apurar origem do dinheiro usado para “recomprar” joias recebidas por Bolsonaro no site CNN Brasil.