Pai de Mauro Cid deixa rosto escapar em reflexo de foto usada para negociar esculturas
Investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram o rosto do general da reserva Mauro César Lourena Cid — pai do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid — no reflexo da fotografia usada para negociar, nos Estados Unidos (EUA), esculturas recebidas como presente oficial.
Relatos indicam que, ao fotografar a caixa com os presentes para obter avaliação das peças em lojas especializadas, o pai de Cid deixou o rosto aparecer no reflexo. A informação é do blog de Valdo Cruz.
Tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro.
Fardado, Mauro Cid chega para depor à CPI do 8:1 no Senado
Mauro Cid filma live ao vivo o Presidente Jair Bolsonaro chegam ao palácio Alvorada
conversa cid joias sauditas
Joias entregues por Bolsonaro à União
Joias sauditas bolsonaro brasil PF metropoles
Joias entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro
0
A foto foi anexada à operação deflagrada nesta sexta-feira (11/8), na qual o general da reserva, Mauro Cid, assistentes e aliados de Bolsonaro são alvos no caso que envolve os presentes sauditas recebidos durante o governo Bolsonaro.
Presentes oficiais ao Estado brasileiro recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro foram extraviados no mesmo voo que o levou aos EUA no fim de dezembro de 2022, dias antes do fim do mandato, segundo trecho de inquérito que o G1 obteve acesso.
Conforme a investigação, estavam no avião pelo menos dois conjuntos de joias e escultutas:
Um conjunto com duas esculturas de barco e palmeira, recebidas em novembro de 2021 na viagem de Bolsonaro ao Bahrein; e
Um dos conjuntos de joias da Chopard recebidas por Bolsonaro como presente oficial da Arábia Saudita, composto por caneta, anel, abotoadeira, rosário árabe e relógio.
O documento não deixa claro se o então presidente tinha conhecimento das malas.
Entenda a operação
Mauro César Lourena Cid é alvo de uma operação de busca e apreensão, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e deflagrada pela PF na manhã desta quinta-feira (11/8).
A ação tem relação com os presentes recebidos no exterior pelo Estado brasileiro e depois comercializados para lucro próprio. Outros três também são alvos da operação: Mauro Cid, o segundo-tenente Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.