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Gilmar Mendes anula provas sobre Lira em inquérito dos kits de robótica

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as provas que tenham relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) em investigação que mira suspeitas de fraudes em licitações relacionadas ao fornecimento de kits de robótica para escolas de Alagoas.

A decisão foi dada em uma ação ajuizada pela defesa de Lira. A investigação mira aliados do presidente da Câmara.

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Por que Gilmar anulou as provas?

O magistrado entendeu que o caso é de competência do STF. Gilmar seguiu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

No começo de julho, Gilmar já havia suspendido a investigação, atendendo ao pedido dos advogados de Lira.

A investigação, que se iniciou em Alagoas, foi enviada ao STF em julho.

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Gilmar tirou ação da pauta

A decisão de suspender a apuração seria analisada pela 2ª Turma do STF em sessão virtual que começaria na sexta-feira (11). O caso, porém, foi tirado de pauta porque Gilmar decidiu diretamente no mérito do pedido da defesa.

A defesa de Lira acionou o STF no começo de julho, pedindo a suspensão do andamento do inquérito. Gilmar atendeu a solicitação, e determinou que investigadores e magistrados deixem de realizar qualquer ato relacionado ao caso até o julgamento final da ação no STF.

A investigação estava sendo feita pela Polícia Federal de Alagoas e tramitava na Justiça Federal no estado. A defesa de Lira argumentou que o procedimento visava Lira como alvo. Por ser deputado, ele tem foro no STF.

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Foco da operação

A operação Hefesto foi deflagrada pela PF em 1º de junho, com objetivo de “desarticular organização criminosa suspeita de praticar crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro”, segundo a corporação.

Conforme a PF, as irregularidades teriam ocorrido entre 2019 e 2022, “durante a realização de processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos, cujos recursos aplicados ou previstos seriam de natureza federal, oriundos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE”.

Em 5 de julho, a Justiça Federal de Alagoas determinou o envio da investigação ao STF. Conforme a decisão, a PF descobriu um suposto envolvimento de Lira no caso, o que demandou o encaminhamento ao STF.

Durante a apuração, investigadores encontrarem documentos manuscritos que indicariam pagamentos relacionados ao nome “Arthur”.

Um dos alvos da investigação em Alagoas foi Luciano Cavalcante, ex-assessor de Lira. Cavalcante deixou o cargo na liderança do PP na Câmara após a operação da PF.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini, responsável pela defesa de Lira, disse que “a decisão do STF reconhece a existência de manobras na investigação com o objetivo de evitar que o caso fosse enviado a suprema corte, como exige a constituição”. “A violação das regras legais deve ser contida, sob pena de retornarmos ao arbítrio”, declarou.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Gilmar Mendes anula provas sobre Lira em inquérito dos kits de robótica no site CNN Brasil.

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