Cid: Bolsonaro não levou esculturas porque eram de latão
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse que o ex-presidente desistiu de ficar com duas esculturas recebidas pelo Bahrein, em 2021, porque elas eram feitas de latão. A informação está na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) contra Cid e seu pai, o general Mauro César Lourena Cid, nesta sexta-feira (11).
“Ele [Bolsonaro] não pegou, porque não valia nada. Então tem (…) tem aqueles dois maiores: não valem nada. Não é nem banhado, é latão. Então meu pai vai levar para o Brasil na mudança”, diz Cid em trecho de áudio presente nas investigações.
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Os presentes em questão são duas esculturas (veja abaixo). Uma miniatura dourada de uma palmeira, presentada ao Brasil pelo Bahrein, e uma escultura dourada de um barco, semelhante a um presente ofertado pelo Kuwait à Câmara dos Deputados, em 1995.
Escultura de palmeira e de barco presenteados ao Brasil. Mauro Cid tentou vendê-los nos EUA, mas não conseguiu porque não eram de ouro, apontou PF/ Reprodução
“Os elementos colhidos evidenciaram que as esculturas foram evadidas do Brasil, em uma mala transportada no avião presidencial, no dia 30 de dezembro de 2022. Em seguida, com auxílio de seu pai, o General Mauro César Lourena Cid, Mauro Cid encaminhou os bens para vários estabelecimentos especializados nos Estados Unidos, para avaliação e tentativa de venda”, detalharam os investigadores em trecho da decisão de Moraes.
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Ainda conforme os investigadores, a venda dos itens desviados do patrimônio público foi frustrada porque “os bens não possuíam o valor patrimonial esperado pelos investigados”.
(Com informações de Léo Lopes, da CNN, em São Paulo)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Cid: Bolsonaro não levou esculturas porque eram de latão no site CNN Brasil.