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Afrocultura para jovens e muita música no primeiro dia do Festival Consciência Negra

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Teve início nesta segunda-feira (18) o Festival Consciência Negra, dedicado à valorização da cultura afro-brasileira. O evento, que terá três dias, apresenta palestras, oficinas, gastronomia, moda e música. Toda a programação está concentrada na Torre de TV. Nesta manhã, alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal participaram de uma palestra sobre afrocultura com o cantor Toni Garrido.

Toni Garrido foi uma das primeiras atrações, apresentando palestra para os estudantes | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“É uma oportunidade única que temos para quebrar preconceitos e combater o racismo, mas principalmente para celebrar a negritude que existe no nosso país”

Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa

A festividade é promovida pelas secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), contando com o apoio da Associação de Educação, Cultura e Economia Criativa (Aecec), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Ministério do Turismo. O investimento total no evento é de cerca de R$ 7 milhões.

Na abertura do festival, o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes, ressaltou a importância de o evento ser promovido no coração de Brasília. Segundo ele, a festividade deve integrar o calendário oficial de eventos do DF e se tornar uma política pública cultural permanente.

“É uma oportunidade única que temos para quebrar preconceitos e combater o racismo, mas principalmente para celebrar a negritude que existe no nosso país”, declarou o gestor. “Temos feito um trabalho muito forte pela arte e pela cultura, porque esses meios, na verdade, são canais.” 

Debate pontual

“Esse evento vem mostrar a cultura negra do DF, que é forte e potente”

Juvenal Araújo, subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Social

Subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo chamou atenção para a composição da população da capital brasileira – segundo levantamento elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 58% dos habitantes de Brasília são negros. “Esse evento vem mostrar a cultura negra do DF, que é forte e potente”, enfatizou Araújo. “Nós estamos felizes de poder mostrar o quanto Brasília tem de herança e fortalecer a população negra”.

Maria Eduarda Silva Santos, Centro Educacional do Lago Norte, elogiou a palestra: “Eu me sinto muito representada ao ver esse debate acontecendo. Faz com que nós, negros, fortaleçamos nossa autoimagem”

Maria Eduarda Silva Santos, 16, é aluna do Centro Educacional do Lago Norte e participou da palestra sobre afrocultura. “É bom voltarmos ao passado para, no futuro, viver algo melhor”, avaliou. “Eu me sinto muito representada ao ver esse debate acontecendo. Faz com que nós, negros, fortaleçamos nossa autoimagem”. Colega de escola de Maria, Geovanna Martins de Assis, 17, complementa: “Esse debate é muito importante. A sociedade é parte do problema e parte da solução”.

Programação

Entre os artistas confirmados para as festividades, estão Ellen Oléria, Marcelo Falcão e Nação Zumbi, que sobem ao palco montado em frente à Torre de TV já nesta segunda. Na terça (19), será a vez, entre outros, de Dhi Ribeiro, Seu Jorge e Raça Negra. Já a quarta-feira (20) terá apresentações de Olodum, Vanessa da Mata e Tribo da Periferia. Os shows são gratuitos, mas é preciso retirar o ingresso antecipadamente na plataforma Sympla.

Além das atrações musicais, o Festival Consciência Negra terá palestras com personalidades nacionais –  como o rapper MV Bill -, venda de pratos assinados pelo chef Edilson Oliveira e de doces e sucos feitos por comunidades quilombolas e ainda uma feira, a Afro Brasília, onde serão comercializados produtos feitos por artesãos e empreendedores afro-brasileiros e peças de moda afro.

As crianças também terão vez, com peças teatrais, contação de histórias, atividades pedagógicas e brinquedos infláveis. Estudantes da rede pública participarão de ações como aulas de dança, capoeira e hip-hop. Nos três dias, as atividades começam às 9h.

A iniciativa tem como objetivo não apenas celebrar a cultura e as contribuições da população negra ao Brasil, mas também promover o debate sobre temas essenciais como igualdade racial, justiça social e combate ao racismo.

Confira, abaixo, a programação completa.

Segunda-feira (18)

⇒ 9h às 9h30 – abertura
⇒ 10h às 11h30 – Palestra com MV Bill
12h às 14h – DJ Hool Ramos
14h às 14h40 – Visita escolar guiada
14h40 às 16h40 – Oficina de dança Mãe África
17h às 17h45 – Show Afoxé Ogum Pá
18h às 18h45 – Filhos de Dona Maria
19h às 19h45 – Show Patakori + Folha Seca
20h às 21h – Ellen Oléria
21h30 às 22h30 – Marcelo Falcão
23h – Nação Zumbi

Terça (19)

⇒ 9h às 9h30 – Visita escolar guiada
⇒ 9h40 às 11h40 – Oficina de breaking dance
12h às 14h – DJ Alhoca
14h às 14h30 – Visita escolar guiada – Bianca Tur Negro
14h40 às 15h40 – Oficina de DJ com Arte Urbana – Fab Gril
16h às 17h – Desfile da Beleza Negra
17h às 17h45 – Nego De
18h às 18h45 – Laady B
19h às 19h45 – Julia Moreno
19h30 às 20h30 – Dhi Ribeiro
22h às 23h30 – Raça Negra
0h – Seu Jorge

Quarta (20)

⇒ 10h às 23h – Visitação aberta
⇒ 10h às 12h – Encontro de B-Boys
12h30 às 13h15 – Cirurgia Moral
13h30 às 14h – DJ Odara
14h às 15h – Francisco Pessanha
15h às 15h45 – Tropa de Elite
16h às 17h – Roda de capoeira
17h às 17h45 – Show Marvin
18h às 19h – Olodum
19h30 às 20h30 – Vanessa da Mata
21h – Tribo da Periferia.

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