Mão de terrorista que atentou contra STF foi lançada a 80 metros

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Em novembro do ano passado, Wellington de Oliveira, conhecido como “Tio França”, detonou explosivos próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) revelou que ele planejava um atentado de grande magnitude, com o objetivo de gerar pânico e desestabilizar as instituições.

A Polícia Federal utilizou tecnologia 3D para mapear com precisão a área atingida. “Mapeamos toda a região e identificamos fragmentos da explosão a mais de 80 metros de distância, onde tinha pedaços da mão do autor. Também reconstruímos o cinturão explosivo que ele utilizava e analisamos os resquícios para determinar o potencial de destruição dos artefatos”, explica o perito criminal Bruno Costa Pitanga Maia.

O laudo apontou que, apesar de rudimentares, os explosivos poderiam ter causado dezenas de feridos. A perícia também descobriu que Wellington de Oliveira havia planejado um ataque coordenado, utilizando explosivos de efeito psicológico e um cinturão recheado de fragmentos metálicos. O scanner 3D permitiu recriar o momento em que o corpo do terrorista ainda estava no local.

Vídeos das câmeras de segurança do STF ajudaram a corroborar as descobertas da perícia. As imagens mostraram o agressor lançando artefatos explosivos em direção à escultura ‘A Justiça’, que fica em frente ao prédio da Suprema Corte, e, em seguida, acionando um segundo dispositivo em seu próprio corpo. A PF analisou as imagens usando ferramentas 3D para determinar a trajetória e o impacto de cada explosão.

Além disso, o esquadrão antibombas encontrou mais três dispositivos explosivos na casa onde Wellington estava hospedado, em Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília. A tecnologia 3D permitiu que os peritos digitalizassem esses explosivos e entendessem melhor seu funcionamento, auxiliando na investigação sobre a origem dos materiais e suas possíveis conexões com outros grupos extremistas.

A Polícia Federal abriu um inquérito para aprofundar as investigações, utilizando métodos semelhantes aos aplicados na análise dos ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. “O scanner 3D nos dá a capacidade de preservar digitalmente cada detalhe da cena do crime, garantindo que nada passe despercebido”, conclui Pitanga.

 

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