Polícia caça suspeito de pedofilia: “O Rô quer me ver sem calcinha”
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São Paulo – Um bilhete de socorro de uma menina de 9 anos para a mãe pode ter revelado um possível autor de diversos casos de pedofilia, suspeita a Polícia Civil de São Paulo. “O Rô está querendo me ver sem calcinha. De mim tirar a calcinha desde que eu acordei basicamente (sic)”, escreveu a pequena.
O Rô citado era namorado da mãe da criança, o programador Rogério Ribeiro da Cruz, que teve prisão preventiva decretada nessa quinta-feira (6/2). Uma investigação na 10º DP (Penha) aponta o homem como possível autor de um estupro, suspeito de ao menos mais dois casos de abuso e portador de centenas de fotos de pornografia infantil.
A mulher que denunciou o caso contou que ouviu da filha que Cruz teria puxado a calcinha dela duas vezes ao sentar-se com ela na cama. A mãe da criança estava namorando o homem havia seis meses quando ocorreu o episódio, mas o conhecia há cerca de 20 anos.
A partir do relato da filha, resolveu, então, verificar as imagens de uma câmera que havia no quarto da criança e se surpreendeu. O registro daquele dia, 9 de novembro de 2024, não mostra a cama toda, mas capta a voz de um adulto falando: “Deixa eu ver”. É possível escutar a menina respondendo “não”.
Em outros registros, imagens mostram Cruz deitado na cama com a criança, a acariciando na coxa, de maneira que a polícia suspeita que denota sensualidade e não carinho paternal.
A mãe da menina registrou boletim de ocorrência. A Justiça autorizou, ainda em novembro, uma busca e apreensão no apartamento do programador, na zona norte de São Paulo. Entre os achados estava um HD externo com fotos de uma criança nua e imagens com foco na região íntima dela. Também há conversas via aplicativo de mensagens com uma outra menor.
Os policiais encontraram diversos materiais criptografados. Após perícia, um HD externo revelou centenas de arquivos de mídia, entre vídeos e imagens, de pornografia infantil. Agora, além da suspeita de abusos sobre outras duas meninas, a polícia apura se o conteúdo foi produzido ou recebido pelo suspeito.
A polícia vem tentando prender Rogério Ribeiro da Cruz desde o dia 15 de janeiro, quando foi decretada a prisão temporária dele. Ele é considerado foragido. A reportagem não localizou a defesa do suspeito. O espaço está aberto.