Haddad diz acreditar que Congresso não vai desidratar pacote de gastos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (18/12) que as alterações que o Congresso Nacional tem feito e ainda estuda fazer no pacote de corte de gastos públicos “não são de grande monta” e não devem desidratar o conjunto das medidas.
Haddad falou com a imprensa antes de almoçar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários na residência oficial do senador.
Questionado se o Ministério da Fazenda já tem estimativa acerca do impacto dos ajustes no pacote que estão sendo feitos pelo Congresso, ele afirmou: “Até aqui não são de grande monta. Assim, nós estamos confiantes de que não vai haver desidratação pelas conversas mantidas nesses dias de segunda para cá”.
Ele admitiu “uma resistência ou outra”, mas disse que, a princípio, as coisas vão andar e a escala da contenção de gastos vai ser mantida. O governo estimou R$ 70 bilhões de economia com as medidas em dois anos, entre 2025 e 2026. “É importante manter isso num patamar próximo do desejo do Executivo para que não haja a desidratação das medidas”, considerou.
“Tudo que nós precisamos é garantir receita e despesa para cumprir as metas pretendidas e nós estamos atuando nas duas pontas. Estamos atuando tanto de um lado quanto de outro para garantir”, completou.
Sobre a aprovação, na terça-feira (18/12), de um dos projetos do pacote, Haddad disse que “está havendo uma compreensão boa. O primeiro projeto aprovado foi o texto-base do projeto de lei complementar (PLP) nº 210/24, relatado por Átila Lira (PP-PI), que limita o crescimento das despesas ao arcabouço fiscal, ou seja, entre 0,6% e 2,5%.
Os parlamentares correm contra o tempo para aprovar as matérias, que incluem ainda dois projetos de lei (PL) e uma proposta de emenda à Constituição (PEC), antes do recesso legislativo.
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